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domingo, 21 de agosto de 2011



Vou deixar de me armar em forte e confessar que não consigo evitar que as lágrimas me caiam sistematicamente pela cara abaixo. Ainda faltam 40 dias para ir embora mas já comecei a empacotar as coisas que tenho que enviar no próximo navio para estarem lá quando eu chegar.

A cada peça de roupa, a cada objecto que guardo dentro de uma das caixas de cartão, um mar de lágrimas teima em aparecer e o esforço para as segurar é hérculeo, se a minha mãe estiver por perto.

Eu sei que vai ser uma viragem na minha vida e estou imensamente feliz e agradecida por esta oportunidade que estou a ter, mas ... não vai ser fácil separar-me da minha mãe.

É certo que sou uma Mulher independente e que estou habituada a "virar-me" sózinha desde há pelo menos 30 anos para cá, mas não é bem por mim... é por ela, que já não caminha para nova e apesar de ter uma energia inesgotável e uma saúde de ferro (obrigada por isso Meu Deus), não deixa de ser já uma septuagenária.

E depois ... bem, depois vens tu.

Pois é, tu mesmo !

Tu, que pensas que és apenas a minha paixão, mas isso é o que eu te deixo saber porque na verdade tu és o meu Amor, e pela primeira vez, aqui e agora, digo que te amo.

Tu, de quem estou a fugir nas esperança que a distância te arranque do meu coração, da minha cabeça e da minha pele.

Tu, a quem eu tenho dado nos ultimos 20 meses tudo o que de bom tenho.

Tu, meus olhos côr-de-mel, que tens na voz as côres do arco-iris e no riso, o sabor mais doce que algum dia já provei.

Mas eu sei que tem que ser assim e de certeza que é o melhor para os dois.

Vou ter um mês ... precisamente 30 dias para me despedir de ti, de absorver todas as notas da tua voz, todas as expressões do teu olhar, guardar o calor das tuas mãos, fazer stock dos teus beijos e tentar perceber o que não consegues dizer.

Também eu calo muito do que sinto ... a grande diferença é que to digo aqui. Assim sinto-me mais leve e sei que dificilmente vais ler o que me vai na alma.







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